RÁDIO GOSPEL

              

 

 

 

 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO 5º LIÇÃO EBD

A Grande Prova de Abraão




 


Uma das histórias mais tocantes da Bíblia encontra-se no capítulo 22 de Gênesis. Ali é narrado o episódio em que Deus ordenou a Abraão que tomasse seu único filho, Isaque, e o levasse ao Monte Moriá, para sacrificá-lo em holocausto.

Logo na manhã seguinte, Abraão partiu levando consigo dois servos e Isaque. Ao avistar o lugar que Deus havia indicado, Abraão seguiu jornada acompanhado somente do filho. Podemos imaginar o intenso sofrimento do grande patriarca. Enquanto caminhavam, o menino perguntava:
"Meu pai! As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”. Ao que Abraão respondia: "Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho" (Gn 22.7-8).

No lugar determinado, Abraão construiu um altar, arrumou a lenha, amarrou seu filho e o deitou sobre o altar. Então, pegou a faca e, já na iminência de sacrificar Isaque, o anjo do Senhor bradou do céu:
"Abraão, Abraão! Não toque no rapaz. Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho" (Gn 22.11-12). Em seguida, Abraão viu um carneiro preso pelos chifres em um arbusto, pegou-o e o sacrificou no lugar do menino. Então Deus renovou as promessas de fazer dele uma grande nação e de abençoar por meio da sua descendência todas as nações da terra.

Há informações interessantes ligadas a essa história. Por exemplo: o lugar em que Abraão quase sacrificou Isaque, o Monte Moriá, é ocupado hoje pelo "Domo da Rocha", um templo muçulmano erigido em 691 d.C., dentro do qual há uma saliência rochosa identificada como o lugar em que Abraão construiu o altar para o sacrifício de seu filho.

Outro fato interessante é a impossibilidade de saber se Isaque era só um menino ou se já era um jovem quando isso aconteceu. Os especialistas na língua hebraica dizem que o termo traduzido como "rapaz", em
Gênesis 22.5 e 12, abrange tanto a infância como a fase da juventude.

Uma outra informação importante é dada pelo autor de Hebreus. Ele disse que Abraão se dispôs a sacrificar Isaque porque cria que Deus o ressuscitaria depois de realizado o holocausto (
Hb 11.17-19). Na verdade, o próprio texto de Gênesis nos mostra Abraão dizendo aos servos: "Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorarmos, voltaremos." (Gn 22.5). Parece que Abraão realmente acreditava que desceria do monte acompanhado de seu filho. Por que ele cria nisso?

A resposta é que Deus havia dito que Isaque lhe daria uma descendência e, quando o sacrifício foi pedido, Isaque ainda não tinha filhos. Abraão pensou: "Ou Deus mentiu e Isaque não me dará netos, ou ele disse a verdade e Isaque ressuscitará depois de sacrificado para me dar descendentes". Abraão considerou a segunda hipótese mais provável. Para ele, a possibilidade da ressurreição era mais crível do que a hipótese de Deus mentir. Não é, portanto, à toa que Abraão ficou conhecido como o maior exemplo de fé jamais visto.

Finalmente, a informação mais importante diz respeito ao carneiro que Deus providenciou para morrer no lugar de Isaque. Esse episódio prenunciou um evento muito importante que ocorreria quase 2 mil anos depois, ou seja, a morte de Cristo,
"o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). De fato, assim como o carneiro encontrado por Abraão no alto do monte, preso em um arbusto, substituiu Isaque morrendo em seu lugar (Gn 22.13), nosso Senhor também agonizou sobre um monte, preso ao lenho, ferido com espinhos, tudo a fim de morrer em nosso lugar.

Desse paralelo não se pode deixar de formular um convite à fé. Sim, pois um cordeiro morreu no Monte Moriá e Isaque escapou da morte. Da mesma forma, outro Cordeiro morreu no Monte Calvário e os que o recebem têm a vida eterna. Por que, então, continuar com medo? Creia nele e escape da morte também.

Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito. (1Pe 3.18).

Pr. Marcos Granconato

O Pecado



O Pecado




Depois da criação, Deus ordenou que o homem desse nome aos animais e se alimentasse do jardim. Contudo, proibiu que os frutos de uma árvore em específico fossem comidos sob pena de um castigo severo. Sobre isso Deus disse: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.16,17).
Assim, homem e mulher viviam em harmonia e santidade e tinham perfeita comunhão com Deus. Até que o diabo, vendo a mulher, sugeriu-lhe que comesse da árvore proibida. A mulher respondeu que Deus lhes tinha dado tudo, menos aquela árvore. O diabo, então, colocou em dúvida as palavras de Deus e disse à mulher que Deus agiu assim porque, quando eles comessem daquela árvore, conheceriam o bem e o mal "como o próprio Deus".
A ambição de ser como Deus associada à boa aparência do fruto fez com que a mulher cedesse à tentação. O homem, vendo o que ela havia feito, deliberadamente desobedeceu as ordens de Deus, trazendo grande mal a ele e à sua descendência. O pecado entrou no mundo e a morte, na vida dos pecadores. Não somente a morte física, mas também a morte espiritual, que significa estar separado de Deus. O apóstolo Paulo disse: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 5.12).
Isso foi muito sério! Tudo que conhecemos em questão de sofrimento entrou no mundo por causa desse pecado. O impressionante mesmo foi a atitude de Deus. Enquanto os dois estavam escondidos dele, o Senhor os chamou e disse que um descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente enquanto esta lhe ferisse o calcanhar (Gn 3.15). Com isso, ele fez alusão a seu filho, Jesus Cristo, que viria em carne para morrer por nós. Na cruz, enquanto o diabo o ferisse com a morte, pela mesma morte Jesus o derrotaria. Isso porque a morte de Jesus foi o pagamento pelo pecado de cada homem ou mulher que crê nele como seu Salvador pessoal. A vitória que Jesus obteve foi demonstrada pela sua ressurreição.
Essa é uma história que revela o imenso amor de Deus pelos homens e o preço que ele está disposto a pagar para nos perdoar e nos ter novamente em comunhão com ele. Quanto a nós, cabe-nos crer no Senhor Jesus.
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Pr. Thomas Tronco

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Os Libertinos




 


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Os Libertinos

Os libertinos existem há muito tempo dentro da Igreja Cristã. Não vamos confundi-los com aqueles que procuram a liberdade da escravidão do pecado, da carne, do mundo e da lei, que é a liberdade cristã propriamente dita, encontrada em Cristo. Nesse sentido, todo crente verdadeiro é livre, ao mesmo tempo em que é escravo de Deus e servo dos seus semelhantes. Paulo fala disso em Romanos 6.

Os libertinos são diferentes. Eles também falam da liberdade cristã, da liberdade de consciência e da liberdade da lei, só que querem também ser livres de Deus e do próximo. Não percebem a liberdade dada por Cristo como estímulo para viver em obediência a Deus e serviço ao próximo, mas como uma licença para fazerem o que tiverem vontade.

Nós os encontramos em todos os períodos da Igreja. Quem não lembra de Balaão, o falso profeta que ensinou os filhos de Israel a se prostituir com as cananitas e a praticar a religião delas, como se fosse algo aceitável a Deus? (Num 31.16).

Encontramos os libertinos infiltrados nas comunidades cristãs primitivas, ensinando que a graça de Deus permitia ao cristão a participação nos sacrifícios pagãos oferecidos nos templos. Paulo encontrou um grupo de libertinos em Corinto, que achava que tudo era lícito ao crente, inclusive participar dos festivais pagãos oferecidos nos templos dos idólatras (1Cor 8—10). O livro de Apocalipse menciona os nicolaítas e os seguidores de Jezabel, grupos libertinos que ensinavam os cristãos a participar das “profundezas de Satanás” (Ap 2.24). Menciona também a “doutrina de Balaão”, que parece ter sido uma designação relativamente comum no séc. I para os libertinos (cf. Ap 2.14). Judas escreveu sua carta para denunciar e enfrentar “certos indivíduos que se introduziram com dissimulação... homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Judas 4).

Os libertinos modernos não são diferentes e mantém basicamente as mesmas características dos libertinos denunciados no Novo Testamento, particularmente na carta de Judas, a saber:

1. Os libertinos estão introduzidos nas igrejas e comunidades cristãs, mesmo não sendo verdadeiros crentes em Cristo Jesus, dissimulando suas crenças e práticas até se sentirem seguros para manifestar abertamente o que são. Eles estão presentes nos cultos e festividades como “rochas submersas” (Jd 12), que representam um perigo para a navegação.

2. São pessoas ímpias – isto é, sem piedade pessoal, sem temor a Deus e sem verdadeiro relacionamento com o Senhor Jesus Cristo – que se apresentam travestidas de cristãos, usando a linguagem cristã e engajadas em práticas cristãs.




·         São arrogantes e aduladores dos outros por interesses (Jd 16). São “sensuais” e “promovem divisões” no corpo de Cristo com suas ideias heréticas (Jd 19).
3. A doutrina libertina é que a graça de Cristo faz com que tudo seja lícito ao cristão, inclusive a prática da imoralidade – que naturalmente não é chamada por esse nome, mas por eufemismos e outros nomes, como sexo livre, amor, etc. Essa doutrina transforma essa graça em libertinagem – é daí que vem o nome “libertinos”.
4. Em última análise, a doutrina dos libertinos nega a Jesus Cristo, que sofreu na cruz para livrar seu povo não somente da culpa do pecado, mas do poder do pecado em suas vidas, conduzindo-os à santidade e pureza. Os libertinos vivem sem nenhum recato (Jd 12).
5. A fonte de autoridade para essa doutrina não é a Escritura, que em todo lugar condena a imoralidade, a concupiscência, a prostituição e o adultério, mas suas experiências pessoais. Judas chama os libertinos de “sonhadores alucinados que contaminam a carne” (Jd 8). O "cristianismo" dos libertinos não é oriundo da revelação de Deus nas Escrituras, mas é fruto da sua mente carnal, “instinto natural, como brutos sem razão” (Jd 10).
Falando claramente e sem rodeios, os libertinos presentes nas igrejas e comunidades evangélicas não veem nada de errado com o sexo antes do casamento, a multiplicidade de parceiros, as relações homossexuais, a pornografia, aventuras amorosas fora do casamento, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, a participação dos cristãos nas diversões mundanas e absorção dos valores desse mundo no vestir, trajar, viver e andar. A agenda libertina é mais ampla do que essa e alguns libertinos são mais radicais que outros. Mas no geral, libertinos são contra qualquer sistema que tenha uma ética definida e clara e que defenda valores morais absolutos e fixos.
Libertinos costumam construir uma imagem de Jesus como uma pessoa inclusivista, que amou a todos sem distinção, jamais condenou ninguém nem se pronunciou contra o pecado de ninguém. Todavia, o Jesus libertino é diferente do Jesus da Bíblia, que o Cristianismo histórico vem anunciando faz dois mil anos.
Se Jesus foi o que os libertinos dizem, ele foi um fracasso, pois seus discípulos mais chegados se tornaram o oposto do que ele queria: Pedro passou a ensinar que a vida nas paixões carnais era pecaminosa (1Pedro 1:13-19), João passou a dizer que a paixão pelas coisas do mundo e da carne não procedem de Deus (1João 2.15-17), Tiago condenou o mundanismo (Tiago 4), o autor de Hebreus disse que temos que lutar até o sangue contra o pecado que nos rodeia (Hebreus 12.1-4) e Paulo declarou que os sodomitas e efeminados não entrarão no Reino de Deus (1Coríntios 6:9-11). Eles certamente não aprenderam essas coisas com o Jesus libertino.
Os libertinos convenientemente calam-se sobre determinadas passagens nos Evangelhos onde Jesus, ao receber prostitutas, cobradores de impostos e pecadores em geral, os ensinava a segui-lo, não cometendo mais pecados, tomando a sua cruz, negando a si próprios e se tornando sal e luz desse mundo em trevas. Nenhuma prostituta, imoral, ladrão, que conheceu Jesus e se tornou seu discípulo continuou na sua vida imoral. Zaqueu, Mateus e Madalena que o digam