Reflexão de 29 de julho
29 de julho

Leitura do dia (para ler a Bíblia inteira em 1 ano): 1Coríntios 14.26-40; 2Reis 9; Jonas 4
Reflexão do dia: Provérbios 17.18
“O homem sem juízo, com um aperto de mãos se compromete e se torna fiador do seu próximo” (Pv 17.18 NVI).
Certo homem, querendo montar uma empresa de transportes
,
planejou comprar um ônibus por meio de um financiamento bancário. Como
não tinha propriedades em seu nome, precisou de um fiador para que o
empréstimo fosse aprovado. Um amigo lhe ajudou nesse sentido, confiando
inteiramente que se tratava apenas de uma necessidade burocrática que
nunca lhe daria prejuízo. Nos primeiros meses, o empréstimo foi pago
corretamente, mas devido a um sério acidente com o ônibus, o fiador
passou a ser cobrado pelo banco. Procurando o amigo para ter seu nome
limpo no mercado, o devedor afirmou não ter como pagar o empréstimo e
disse friamente “não vou tirar da boca para lhe pagar”, ignorando que
seu companheiro estava sofrendo sérios prejuízos que lhe afetavam o
próprio sustento. O fiador nunca mais se levantou dessa condição
financeira desfavorável e toda sua família sofreu muito com isso.

Apesar
de a prática do fiador ser muito comum na atualidade, no mundo antigo
isso também existia, assim como os problemas decorrentes da falta de
cumprimento dos acordos e da ausência de pagamento das dívidas. Por
isso, Salomão fala aqui do homem que “se torna fiador do seu próximo”. A
mesma palavra traduzida como “próximo” também significa “amigo”. Nesse
sentido, o escritor aponta para o ato de alguém se tornar fiador de um
amigo por meio de “um aperto de mãos”, ou seja, pela ação de empenhar
sua palavra e assumir oficialmente sobre si os possíveis prejuízos
causados pelo outro. Essa atitude, à primeira vista, parece ser um ato
de verdadeira amizade que merece ser mencionado no estudo do versículo
anterior. Mas isso não é verdade. O verdadeiro amigo não abandona seu
parceiro quando ele precisa, mas também não assume de modo irresponsável
o encargo dos atos alheios, arriscando sua própria segurança e de sua
família.
Por
isso, Salomão chama quem age assim de “homem sem juízo”. O fato de as
pessoas serem imperfeitas deve fazer o sábio avaliar todas as
possibilidades e nunca se colocar em uma condição de risco. Deve tentar
tirar o amigo de um buraco sem cair ele mesmo em uma cova. Por isso,
nenhuma atitude, em especial nessa área, deve ser tomada sem grandes
reflexões, sem a consulta das Escrituras e muito menos sem a obediência à Palavra de Deus. A Bíblia
e a experiência humana dão provas mais que suficientes de que somente
Deus nunca frustra a confiança e as expectativas das pessoas. Portanto,
muito cuidado com os compromissos que assume, pois se um não tira da
boca para saldar a sua dívida, o outro tem de fazê-lo.
Pr. Thomas Tronco